Sim, amamentar é um gesto natural. Mas quem foi que disse que disse que
é fácil e não precisa de preparo e aprendizado? Mesmo já tendo passado por
algum tipo de dificuldade, as avós, as amigas, as mães não passam todas as
informações necessárias para a gestante. Além disso, na nossa sociedade os
mitos e palpites de todos os lados acabam atrapalhando e deixando a nova mamãe
à deriva num mar de dúvidas e ansiedade. Conclusão: o corpo fica sem ocitocina
na dose certa para produzir o leite e a mulher entra em desespero. A partir
desse momento, tudo vira um ciclo vicioso, uma verdadeira bola de neve.
Por isso, a pediatra e consultora internacional de amamentação pelo IBLCE/EUA
(InternationalBoardofLactationConsultantExaminers),
Luciana Herrero, garante que o
sucesso desse ato tão importante de amor e saúde para os bebês começa com
conhecimento e informação ainda na fase da gestação. “A insegurança e os
anseios sobre os cuidados com o bebê são comuns principalmente nas mães de
primeira viagem. Mas, a confiança vem quando a mulher busca aprendizado antes
mesmo do nascimento do bebê. Ela fica mais tranquila quando sabe o que esperar
de cada etapa, e como lidar com os possíveis desafios”, explica.
Afinal, após o parto, nasce também uma mãe e uma família. E, ao voltar
para a casa com o bebê, um mundo novo e repleto de aprendizados diários tem
início. Para que a família possa enfrentar os desafios e tomar decisões é
preciso preparo. Muitos pensam que para amamentar com sucesso basta o instinto
materno e o desejo. Ledo engano. Pesquisas mostram que apesar da grande maioria
das mulheres desejarem muito oferecer seu leite aos seus bebês, poucas
conseguem realizar esta prática de forma exclusiva, e muitas acabam desmamando muito
antes do que desejavam. Por que isso acontece?
Por que na grande maioria dos lares brasileiros a realidade é tão
diferente do que se esperava na gestação?
A médica conta o motivo. “Isso ocorre, pois, a realidade prática da
grande maioria das mulheres no pós-parto não é como mostram os filmes e as
novelas de televisão, de puro romantismo. Existem os tropeços iniciais no ato
de amamentar, tais como fissuras, empedramento, solidão e mastite. Não devemos esconder
esta realidade das gestantes. Ao contrário, devemos prepara-las desde a
gestação para enfrentar o que der e vier. Pois a diferença entre o sucesso e o
fracasso da amamentação não esta na ausência de dificuldades, mas sim, na habilidade
da mulher e da família de lidar com os desafios naturais que envolvem a
amamentação. Esperar a chegada do bebê para lidar com os problemas é como lidar
com o leite derramado no fogão. O ideal é baixar a fervura desde a gestação,
por meio de conhecimentos adequados”.
E, para ajudar as mulheres a esclareceremalgumas das várias dúvidas sobre
amamentação e, assim, se sentirem mais seguras para oferecer esse bem tão
precioso para o seu bebê por um período superior aos seis meses indicados pela
OMS (Organização Mundial da Saúde), a Dra. Luciana Herrero, responde alguns
mitos e verdades mais frequentes.
Sete mitos e fatos sobre
amamentação
1. Amamentar é um método anticoncepcional
100% viável para todas as mulheres.
Mito. Algumas mulheres podem voltar a ovular mesmo no período da amamentação
quando o ciclo menstrual está bloqueado devido à supressão dos hormônios. E
para que funcione é necessário que a amamentação seja exclusiva com as mamadas
muito frequentes, com curtos intervalos entre uma e outra. Como esta rotina não
é para todas, o ideal é que ela já comece a adotar algum tipo de método
contraceptivo a partir da sexta semana após o parto. Logo no primeiro retorno
ao ginecologista, o ideal é que a mãe converse sobre o método mais adequado
para evitar uma nova gravidez em pouco tempo. Ele irá orientá-la sobre o uso de
camisinha, DIU, implantes ou até mesmo as pílulas de progestagênio, que são as
mais indicadas para esse período.
2. A mulher que está amamentando pode
tomar qualquer tipo de pílula.
Mito.Para ajudar nessa resposta, a Dra. Luciana
ouviu o
especialista em ginecologia e obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da USP, Achilles Cruz. Ele explica que existe uma pílula
anticoncepcional desenvolvida especialmente para as mamães que estão
amamentando. São compostas de progestagênio, hormônio que inibe a ovulação.
Conhecidas como minipílulas, elas podem ser tomadas a partir da sexta semana
depois do parto. Como são livres de estrogênio, não inibem a produção de leite
materno nem tampouco interferem na sua qualidade e volume. Outro benefício é
que seu princípio ativo não passa para o leite, não alterando seu gosto ou
qualidade. E, então, você terá segurança dupla. Primeiro quanto ao seu filho e
depois com uma nova gestação durante essa fase.Segundo o médico, as mulheres
que estão amamentando não podem usar as
pílulas comuns, chamadas hormonais combinadas, porque podem diminuir a
quantidade do leite além de transferir o hormônio feminino para ele e, consequentemente,
para a criança.
3. Engravidar enquanto está amamentando é
benéfico
Mito. Não existe um intervalo estabelecido entre uma gravidez e outra, porém,
é aconselhável que amulher não engravide enquanto estiver amamentando, porque a
sobrecarga da amamentação somada a uma nova gestação pode comprometer a saúde
da mãe, caso ela não tenha uma condição nutricional adequada.
4. A alimentação da mãe influencia o
leite.
Verdade. Tudo o que a mãe come acaba passando para o
leite materno. Por isso, é importante que a mulher faça uma dieta saudável e
beba bastante líquido nesse período. O consumo de bebidas alcoólicas ou
cigarros é contraindicado. Medicamentos, por exemplo, só devem ser tomados com
orientação médica.
5. O leite materno pode ser fraco
Mito. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, muitas mulheres têm
essa percepção porque comparam seu leite ao da vaca que é mais denso e
consistente, tem moléculas maiores e sua digestão é bem mais lenta.O leite
materno tem 97% de água e, por isso, é facilmente digerido e logo o bebê sente
fome novamente. Além disso, o leite humano é composto por células vivas que
transferem para o bebê a imunidade materna aos agentes infecciosos. Os glóbulos
brancos presentes nele levam os anticorpos da mãe para o filho. O que poucas
mulheres sabem é que quando o bebê começa a sugar, o leite materno tem maior
concentração de água mesmo, é normal, é chamado de “anterior”. Nessa fase, ele
contém ainda vitaminas, minerais e anticorpos. Após um tempinho de mamada,
começa a descer o leite que chamamos de “posterior”, que é mais rico em
gordura, que fornece mais energia e permite que o bebê fique satisfeito e ganhe
peso. Por isso, a recomendação é que a mãe ofereça um seio por mamada, ou seja,
que a mamada não seja interrompida até que o bebê consiga ingerir bastante
quantidade do leite posterior, que tem mais gordura. Somente depois de esvaziar
uma mama, se necessário, o outro seio deve ser oferecido, o que normalmente com
bebês maiores, que já mamam muito. Desse jeito você garante que o bebê retire
do peito o leite anterior, rico em água, e o posterior, rico em gordura.
6.
Seio pequeno não produz
leite
Mito. O tamanho do seio não tem influência nenhuma no
sucesso da amamentação! O que faz a
diferença no tamanho dos seios não é a quantidade de glândulas, mas a
quantidade de gordura de cada mama. As células produtoras (glândulas mamárias)
e os ductos de leite são os mesmos em todas as mulheres, até mesmo naquelas que
fizeram cirurgia plástica para colocar prótese de silicone. Só no caso de
cirurgias redutoras é que este número pode ser reduzido. É mito associar
tamanho de seio com fartura de leite. O
processo de produção do leite começa durante a gravidez quando o tecido
glandular já começa a ser preparado.Por isso, os seios vão ficando maiores
principalmente no final da gestação. Após o parto, a resposta hormonal estimula
as glândulas mamárias a produzir o leite e a conduzi-lo por meio dos seios até
o bico para que o bebê possa mamar. A produção aumenta gradativamente. Assim, a
quantidade de leite que seu filho vai receber depende das suas próprias
necessidades, e de quanto a mama seja estimulada adequadamente. Quanto mais ele
sugar, mais leite será produzido.
7.
Estresse influencia a
produção de leite.
Verdade. Quando a mulher está muito cansada ou ansiosa, a produção do hormônio
ocitocina, que é o responsável pela vasão do leite, é reduzida. O que pode
prejudicar a descida do leite, e em casos graves até secar o leite!
Sobre a
Libbs Farmacêutica
Contribuir para que as pessoas
alcancem uma vida plena. É com este propósito que, há 57 anos, nós da Libbs,
indústria farmacêutica brasileira e de capital privado, produzimos medicamentos
que oferecem mais do que suas funcionalidades, dando atenção a todos os
aspectos que agregam valor ao que desenvolvemos.
O método científico conduz os
nossos produtos, disponibilizando mais de 70 tipos dentro das especialidades de
oncologia, ginecologia, sistema nervoso central, dermatologia, cardiovascular,
respiratória, transplantes e outras.
Acreditamos que a coesão dos
nossos negócios depende do compartilhamento de valores entre os mais de 2.400
colaboradores diretos que atuam em um parque fabril de 48.508 mil m², em Embu
das Artes, em uma unidade administrativa, na cidade de São Paulo, e por meio da
nossa força de vendas que está presente em 1.175 cidades do Brasil.
Todos na Libbs são agentes de
inovação. Em 2013, por exemplo, anunciamos a entrada no segmento de
biotecnologia com a construção de uma nova unidade fabril, com previsão de inauguração
em 2016, onde produziremos seis produtos destinados ao tratamento de câncer e
doenças autoimunes.
Por entender que tratar da vida
vai além de fabricar medicamentos, nós também realizamos um trabalho de
responsabilidade social corporativa com o apoio a projetos educacionais,
culturais e esportivos com foco em saúde, educação e qualidade de vida, sempre
vinculados à superação de limitações.
Na busca diária pela excelência
em tudo que fazemos, a nossa aspiração é ser a empresa farmacêutica brasileira
mais admirada no mundo.
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