Estudo revela que conversar com o bebê é uma das atividades mais praticadas pelas mães, além de ser um dos fatores que ajudam no desenvolvimento infantil

Especialistas internacionais discutem resultados do estudo “Esperanças e desejos das mães”, divulgado recentemente nos Estados Unidos


Mães de sete países foram as protagonistas do estudo “Esperanças e Desejos das Mães”, conduzido pelo centro de pesquisa Illuminas Global, localizado nos Estados Unidos. A pedido de Fisher-Price, uma empresa internacional de desenvolvimento da primeira infância e subsidiária da Mattel, o estudo pesquisou os principais desejos das mães e como elas lidam com o desenvolvimento da primeira infância.

Foram entrevistadas 3.500 novas e futuras mamães, no Brasil, China, México, Rússia, França, Reino Unido e Estados Unidos. As entrevistas, realizadas pessoalmente e também online, revelaram que apesar das diferentes culturas, as mães têm muito mais desejos em comum do que se imaginava.

De acordo com alguns dos especialistas internacionais que participaram do evento “O Fator Felicidade”, uma das principais atividades que as mães pesquisadas desenvolvem com o seu bebê é conversar. Para Teresa Ruas, especialista em desenvolvimento infantil e consultora Fisher-Price, o ato de interagir com a criança desde pequena ou até mesmo quando ainda está no útero materno é fundamental para o desenvolvimento infantil, especialmente, no que se diz respeito à formação e potencialização de competências afetivas e cognitivas.
“O desenvolvimento e o acolhimento afetivo entre pais e filhos é o principal combustível para favorecer um crescimento adequado e transformações típicas da primeira infância. Sem contar, que o ser humano é extremamente social e cultural, necessitando da relação sócio afetiva com o ‘outro presencial’ para o aprendizado e experiências que demarcam cada cultura, como, por exemplo, a linguagem gestual e falada. Sem a interação com os principais cuidadores, como os pais, por meio de conversas, cantigas, contos e interação direta diante do contato de olho, sorriso e a expressão de diferentes emoções e sensações pela face e corpo, desde o começo da vida, não potencializamos o desenvolvimento da linguagem ou outras particularidades culturais e sociais que caracterizam a espécie humana”, afirma Teresa Ruas.  

Outro dado revelado pelo estudo mostrou que as mães acreditam que o amor é o mais importante na criação dos filhos. Para Shakira, cantora internacional, mãe, filantropa e uma das convidadas do evento, o amor é o fator mais crucial no desenvolvimento psico-emocional e social da criança.

“O amor reforça a sensação de segurança e autoconfiança que será determinante para o sucesso do futuro das crianças. Isso é o que realmente vai ajudá-los a prosperar mais tarde em suas vidas. Nós, como pais, acreditamos que fazemos tudo por amor, mas nem sempre temos certeza que os nossos filhos estão se sentindo amados. E é isso que me pergunto todos os dias. Porque eu sei que o amor será o componente mais importante no desenvolvimento e senso de segurança na vida dos meus filhos”, disse Shakira.

Quando perguntadas sobre o que mais querem que os seus filhos tenham, as mães foram quase que unânimes nas respostas e escolheram qualidades relacionadas à inteligência emocional, como felicidade, honestidade e bondade. Para a Drª Liu Chunyang, especialista chinesa em pediatria e atual médica-chefe do Centro de Saúde do Hospital de Pequim para Crianças, todas as mães desejam que os seus filhos tenham uma vida feliz. “A felicidade tem muito a ver com a personalidade, além de ser uma conquista e motivação pessoal, ela está intimamente associada à inteligência emocional (IE)”, afirmou. 

Ainda segundo a especialista, as pessoas com um alto nível de IE estão mais preparadas para lidar com as emoções, além de serem mais empáticas e emocionalmente equilibradas. “Elas conseguem se concentrar melhor no trabalho, além de terem muita força de vontade. São pessoas que podem se adaptar melhor às mudanças e tendem a ter casamentos bem sucedidos. Assim, o desenvolvimento da IE está ligado às realizações e à felicidade das crianças. Na China, estamos vendo cada vez mais mães colocando mais ênfase no desenvolvimento do IE de seus filhos”, complementou a Drª Liu.

Para Sarah Harkness, professora de desenvolvimento humano, Pediatria e Saúde Pública da Universidade de Connecticut (EUA), os pais americanos estão cada vez se sentindo mais pressionados em criar os seus filhos para serem pessoas bem sucedidas e acham que devem incentivar a leitura desde cedo. “O que o estudo mostra entre as diferentes culturas pesquisadas é que o sucesso da vida de uma criança pode depender de diversos outros fatores, como a felicidade, por exemplo.” afirmou Harkness.

O estudo ‘Esperanças e Desejos das Mães’ marca a maior investigação pré-natal que Fisher-Price já realizou até hoje. Um resumo do estudo global, dados e artigos específicos de cada país estão disponíveis e podem ser acessados no endereço: www.fisher-price.com/br/OFatorFelicidade

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