Nos primeiros meses de vida, o bebê precisa de muito mimo, carinho e atenção. Com o passar do tempo, as coisas precisam mudar um pouco. O amor continua o mesmo, é claro. No entanto, a relação não pode se basear apenas nos agrados. Ainda mais se você notar que os acessos de birra acontecem sempre que a criança for contrariada. “O ideal é estabelecer limites desde o início da vida”, orienta a psicóloga Anna Carolina Cassiano.
Cotidiano com regras e vigilância
Hora para dormir, comer e brincar. “Definir uma rotina de vida que considere necessidades como sono, lazer e alimentação saudável já ensina desde cedo que existe o momento certo para cada coisa”, explica a psicóloga. E quando a criança começar a frequentar a escolinha, é importante ficar atento a isso.
“A escolinha deve compartilhar dos mesmos ideais educacionais da família para não causar a sensação de incoerência. Também é importante que os pais e os cuidadores valorizem as ações corretas e adequadas da criança. Utilizar reforços como elogios, demonstrações de carinho e aprovação são maneiras saudáveis de sinalizar que ela está agindo de forma agradável”, explica Anna Carolina. E não se esqueça que existe diferença entre educar uma criança de até 3 anos e outra mais velha. “Quando estão mais crescidos, os filhos são capazes de internalizar o ensino dos pais e podem obedecer mesmo na ausência deles, isso se dá pelo uso mais eficiente da memória. Crianças com menos de 3 anos precisam da supervisão para obedecer”, esclarece a psicóloga.
Nem tanta liberdade
Você já deve ter visto ou vivenciado a seguinte cena: uma criança em público berrando e chorando alto ao lado de um adulto totalmente sem jeito para lidar com a situação. E daí, provavelmente nasceu a pergunta: será que a nova geração de pais está menos autoritária do que a dos velhos tempos?
“Atualmente os pais tendem a utilizar um estilo mais democrático de educação, que busca respeitar a individualidade da criança. No entanto, deve-se atentar para o fato que considerar o temperamento e desejos do filho não é o mesmo que ser permissivo. O estilo permissivo acredita que a criança é capaz de tomar suas decisões sozinha, podendo deixá-la imatura, insegura e com pouco autocontrole”, enfatiza Anna Carolina.
Nem tanta rigidez
Ok. Você não deve ser permissivo ao extremo, mas também não precisa ser um opressor. Aprenda a dizer “não” de uma forma firme e equilibrada para não assustar o seu filho. “Colocar limites tem a ver com a segurança da criança e o ensino da convivência em sociedade. Os pais e educadores devem evitar o uso de palavras que humilham ou diminuam a autoestima, como ‘você é um bobo’, ‘nunca vai aprender a obedecer’ e ‘não gosto mais de você’, ou então ameaças, tais como ‘se você fizer isso o homem do saco vai te levar embora’. Isso não é eficiente do ponto de vista educacional e pode gerar algum tipo de ansiedade na criança”, enfatiza.
A gente sabe que educar um filho não é fácil, mas para te ajudar a fazer isso com equilíbrio, a psicóloga compartilhou cinco dicas valiosas no processo de educação dos filhos:
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