Banho de sol para bebês e crianças

Os benefícios são grandes, mas é preciso ter atenção para não ser prejudicial
à saúde dos pequenos



O Consenso Brasileiro de Fotoproteção, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, esclarece que a criança é especialmente suscetível a exposição solar exagerada e seus conseqüentes danos, como a queimadura solar e problemas de pele na fase adulta.

De acordo com as estatísticas, o histórico de queimadura solar na infância tem relação com o aumento do risco de desenvolver melanoma na vida adulta. Os protetores solares só são liberados para uso após 6 meses de idade (salvo algumas exceções), antes disso, os médicos recomendam que o recém-nascido não se exponha ao sol. Caso isso ocorra, a criança deve ser protegida com roupas, chapéu e permanecer na sombra.

A dermatologista Dra. Daniela Schmidt Pimentel, explica que o uso de protetor solar na infância e adolescência reduz a incidência do câncer de pele, e também do foto envelhecimento.

O sol das 10h às 16h é extremamente prejudicial para crianças (e até adultos) em geral, mas a partir dos 6 meses de idade, os pais podem adotar a regra da "sombra": “se a sombra do seu corpo no chão for menor do que a sua altura, a criança não deve ficar exposta ao sol. Fora isso, alguns cuidados como o uso de fotoproteção em roupas e chapéus, além do abrigo a sombra, são também medidas centrais para proteger a criança desta idade. Aqui já é recomendado o uso do protetor solar com FPS superior a 30 e proteção UVA. Optar sempre que possível, por produtos indicados para uso em população infantil,” ressalta a médica.

A dermatologista conta que até os 2 anos de idade as crianças devem receber proteção solar de produtos compostos totalmente, ou em maior parcela, por filtros inorgânicos (físicos). “Produtos em creme e bastão são particularmente recomendáveis. Já para os maiores de 2 anos, é preciso usar os com resistência a água, de fácil aplicação e que espalhem bem na pele. As loções cremosas e em aerossol são os mais bem aceitos, mas é preciso um cuidado extra na aplicação de aerossóis e evitar o contato com boca, nariz e olhos da criança.”, pondera.

A aplicação do fotoprotetor deve ser feita com a menor quantidade de roupas possível, 15 a 30 minutos antes da exposição ao sol, e reaplicados a cada 2 horas ou após imersão em água.

Recomenda-se também o uso de uma quantidade generosa de protetor solar ou aplicação em 2 camadas de forma consecutiva, afim de atingir a quantidade próxima de 2mg/cm2.

Dra. Daniela Schmidt Pimentel (CRM-SP 112.165)
Graduada em Medicina, com Residência Médica em Clínica Médica e Dermatologia pela Universidade de Santo Amaro - Serviço Dr. Luis Carlos Cucé, possui título de Especialista em Dermatologia e é membro pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Médica assistente e colaboradora do Serviço de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro. Dra. Daniela também integra o corpo clínico do Hospital Sírio Libanês e da Clínica Ephesus, em São Paulo.

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