Será que amamentação dói? Deixa os
seios flácidos?
A amamentação ainda é um assunto que deixa muitas mães
com dúvidas. O leite materno é um dos alimentos mais importantes para manter a
saúde do recém-nascido. Ele protege a criança de infecções e possui ácidos
graxos que ajudam no desenvolvimento cerebral. “Os bebês que são alimentados
nos primeiros meses de vida com o leite materno apresentam um risco menor de
ter diagnósticos como desnutrição, otites, alergias, doenças respiratórias,
problemas de fala e diarreia”, afirma a Ginecologista e Obstetra Dra. Erica
Mantelli (CRM-SP: 124.315), pós–graduada em Sexologia pela Universidade de São
Paulo (USP).
Mundo da amamentação
Conheça alguns mitos e verdades que foram desvendados pela ginecologista e obstetra Erica Mantelli.
1. Nervosismo, ansiedade e estresse interferem na produção de leite
Verdade. O estresse produz uma quantidade de adrenalina que bloqueia a oxitocina – hormônios da amamentação. Por esse motivo que a mãe tende produzir menos leite nos momentos de estresse e ansiedade.
2. Em algumas mulheres o leite é fraco
Mito. Após o parto a mulher começa produzir um leite adequado para beneficiar o bebê. O leite tem fases e a sua coloração depende de cada fase. No primeiro momento que o leite é mais claro pois tem a função de hidratar e sacia a sede do bebê. No segundo momento o leite é mais encorpado, por conta da quantidade de gordura, que serve para alimentar o bebê.
3. Amamentação é um processo doloroso
Mito. Com a pega ideal, a amamentação deve ser um momento de prazer e interação com o bebê. Algumas mães são mais sensíveis e sofrem com a mama inchada deixando a região dolorida. Nos casos em que a mãe sente um desconforto na hora da mamada é importante ela procurar um ginecologista e se consultar para verificar se não há sinais de infecção (mastite).
4. Amamentação pode ser considerada como um método de anticoncepcional no pós-parto
Parcialmente verdade. A amamentação produz um hormônio chamado prolactina que impede a ovulação. No entanto, durante a amamentação a mulher não ovula, mas se o bebê deixar de mamar nos horários corretos o ciclo menstrual pode voltar e a mãe pode ovular correndo risco de gravidez. Consulte o seu ginecologista para identificar qual é o método contraceptivo indicado nessa fase.
5. Silicone interfere no leite materno
Mito. O implante de silicone não atrapalha a produção de leite como muitas mulheres pensam. O cirurgião plástico irá escolher a técnica que não afete a glândula mamária.
6. O leite materno não pode ser congelado
Mito. Ao contrário que muitas mães pensam, o leite pode ser sim congelado. Ele deve ser retirado e guardado imediatamente no congelador ou no freezer. Ele pode ser conservado por até 12 horas na geladeira e congelado por 15 dias, em recipiente esterilizado.
7. A posição do bebê pode interferir na mamada
Verdade. O ideal é que a mulher permaneça sentada e coloque o bebê contra o seu corpo com a cabeça apoiada no antebraço do mesmo lado do seio que será oferecido. A mãe também pode fazer uso de um travesseiro para elevar o bebê não cansar o braço.
8. A criança deve mamar a cada duas ou três horas
Mito. Não há uma regra específica para o bebê mamar. O importante é que a mãe ofereça o leite sempre que a criança sentir fome. Com o passar do tempo às crianças vão criando os seus próprios hábitos e algumas passam a mamar a cada duas ou três horas.
9. Amamentar deixa os seios caídos e flácidos
Parcialmente verdade. Tudo vai depender da genética e do corpo da mulher. Algumas notam que os seios cresceram com amamentação e outras perceberam que eles diminuíram. A flacidez pode ocorrer devido ao processo de mudança do corpo e não por causa da amamentação.
10. Amamentação deve ser exclusiva até os seis meses
Verdade. É recomendado que a criança seja amamentada até seis meses exclusivamente e passe mamar esporadicamente até dois anos. A mãe deve começar a intercalar as mamadas com alimentos sólidos e outros líquidos após o sexto mês.
Sobre a médica
Ginecologista e Obstetra Dra. Erica Mantelli (CRM-SP: 124.315), pós–graduada em Sexologia pela Universidade de São Paulo (USP)
Ginecologista e Obstetra Dra. Erica Mantelli (CRM-SP: 124.315), pós–graduada em Sexologia pela Universidade de São Paulo (USP)
Site
– www.ericamantelli.com.br
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