Até os 8 anos, atividades lúdicas são mais importantes que ensino formal

Algumas crianças, ao entrarem na escola, já se deparam com inúmeras atividades e cobranças que envolvem o ensino formal. A princípio, ter uma agenda repleta de compromissos pode parecer algo benéfico, mas o resultado pode ser prejudicial.

As crianças precisam ter um tempo para escolherem o que elas querem fazer, de que maneira elas querem ocupar o tempo dela. Até os 7, 8 anos de idade, o brincar é muito importante para o desenvolvimento infantil, até mais importante que a educação formal, porque a criança está desenvolvendo a sua identidade.

Quando colocar a criança na escola

Mas isso não significa que a criança não deva frequentar a escola desde cedo. A idade ideal para matriculá-las é a partir de um ano, fase em que já começa a desenvolver a sociabilidade, pois nem sempre o ambiente familiar favorece esse contato.

Além disso, ir à escola desenvolve a rotina, que nem sempre a pessoa que cuida consegue, e a linguagem. Quanto mais cedo a criança vai para a escola, mais cedo ela começa a se comunicar através da fala. Desenvolve, também, a noção de que ela não é o centro do universo. E o ambiente escolar tem todo o material que a estimula nessa faixa etária.

Melhor escola para crianças

O ideal é que a escola não estimule a cobrança, para que a criança não se sinta na obrigatoriedade de ser a melhor. O mais saudável seria uma forma mais lúdica de ensino, que faça com que, na brincadeira, que é um jogo simbólico, a criança desenvolva sua relação com o mundo, além de aprender regras e desenvolver o repertório de canções e de histórias.  Tudo isso ajuda a criança a desenvolver o conhecimento do mundo em que ela vive. 

Mesmo na educação formal, que são as atividades que desenvolvem o raciocínio lógico (a escrita, as práticas de leitura, o raciocínio matemático), é preciso ter um toque de ludicidade.

Outro ponto importante é que a criança aprenda a desenvolver sua autonomia e autoconhecimento, coisa que não acontece quando fica o tempo todo sendo supervisionadas por um adulto. A criança precisa da supervisão e do apoio do adulto, mas precisa ser capaz de fazer as coisas sozinhas desde muito cedo. Começamos com autocuidados, depois para o cuidado com o ambiente, depois com atividades coletivas. O adulto precisa conversar, precisa explicar para a criança.