Brasileiras recorrem a exames que podem identificar doenças genéticas em embriões


Os casais que pretendem realizar a fertilização in vitro – uma das técnicas de tratamento da infertilidade mais utilizadas no mundo – podem se beneficiar de um exame que detecta doenças genéticas ou cromossômicas antes mesmo da implantação do embrião no útero da mãe. Os brasileiros têm recorrido a este procedimento para verificar se os embriões possuem alguma alteração e, assim, implantar aqueles livres de problemas, possibilitando o nascimento de bebês saudáveis.

O método chamado de Diagnóstico Pré-Implantacional (PGD) permite reconhecer doenças de origem cromossômica, isto é, as que são determinadas por falta ou excesso de um cromossomo inteiro ou por partes dele como, por exemplo, as síndromes Down, Turner, Patau, Edwards e Klinenfelter, além de anomalias genéticas como Distrofia Muscular, Hemofilia, anemias de origem genética, doenças neurológicas, fibrose cística etc.

O PGD é indicado para as mulheres com idade materna avançada, que tiveram anteriormente repetidas falhas na implantação de embriões, abortos de repetição ou que já possuem outros filhos com síndromes genéticas. “As alterações cromossômicas podem chegar a 60% para mulheres até 35 anos e 80% para mulheres a partir de 40 anos”, explica o Dr. Georges Fassolas, ginecologista especialista em reprodução humana da Clínica Vivitá.

Atualmente existem técnicas que realizam esses diagnósticos, como a hibridização fluorescente in situ (FISH), hibridização genômica comparativa (CGH) ou método chamado de NGS (note generation screening).

As técnicas de FISH devem ser realizadas após biopsia de embriões no terceiro dia de desenvolvimento embrionário e permite analisar a presença de síndromes. O CGH assim como o NGS são realizados após biopsia dos embriões no quinto dia de desenvolvimento dos embriões e tem sido utilizado para analisar os 24 cromossomos em um único procedimento em 24 horas e avalia as anormalidades de número de cromossomos, sendo a mais comum a Síndrome de Down.

Dr. Georges Fassolas esclarece que o exame não aumenta a taxa de gravidez, pois a avaliação não “melhora” o embrião e sim diagnostica quais são normais e anormais. “A decisão de se realizar ou não o PGD para rastreamento de doenças genéticas deve ser avaliada com o médico especialista, considerando a reserva ovariana, a idade materna e alterações genéticas dos pais”, ressalta.

A resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) de 2010, que define as regras da reprodução assistida no Brasil, permite que a seleção de embriões seja usada em casos de prevenção ou tratamento de doenças. Não é permitido, porém, que a seleção busque a escolha do sexo do bebê ou a modificação de outras características, como cor dos olhos ou dos cabelos por exemplo.

Sobre a Vivitá
A Vivitá é uma clínica de reprodução humana, em que oferece um atendimento diferenciado para contribuir em todos os aspectos na construção de uma família feliz. Com uma equipe de ginecologistas e obstetras, possui consultórios nos bairros Jardins e Belém em São Paulo, além de uma unidade em Campinas.

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